Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica

Tempo. A vida dentro dele!
29 de novembro de 2017
Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica -Cenário do negócio
13 de dezembro de 2017
Exibir tudo

Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica

Ao longo do trabalho em ambientes organizacionais, observei uma dificuldade uniformemente presente, voltada sobre como os serviços de saúde ocupacional, em seus vários níveis de complexidade, deveriam estruturar a prontidão para enfrentar situações de emergência.

Claro que em plantas industriais aonde riscos e acidentes estão ou possam estar presentes, há uma maior atenção à resposta às ocorrências.

A perda de foco pode estar relacionada ao baixo número de ocorrências (positivo) o que pode reduzir a atitude de prontidão, a obsolescência dos recursos e a desatualização técnica e de habilidades das equipes de saúde.

Quando uma organização, além de seus colaboradores, é aberta ao público externo, consumidores, fornecedores, etc. o risco de acidentes aumenta.

Não se pretende ter recursos e estruturas sofisticadas para se ter “segurança máxima”. Não é razoável nem tecnicamente indicado. A variável custo x benefício precisa ser considerada.

Ninguém vive em frente a um hospital de emergência para se sentir seguro. É básico e preciso que o treinamento em primeiros socorros para os colaboradores de uma organização seja efetivamente implantado, reciclado e a performance obtida deveria ser medida.

Algumas situações reais que ajudam a situar esse tema:

·       Turista estrangeiro, caminhando pela calçada em frente a uma empresa sofre uma queda, fratura o fêmur e é trazida por outros transeuntes para dentro da organização. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

·       Em supermercado, consumidor escorrega em grãos de arroz que estavam no chão, sofre queda com consequente luxação completa do tornozelo. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

·       Empilhadeira dirigida por funcionário habilitado atropela consumidor em área de vendas, ocasionando fratura do pé. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

·       Cliente sofre infarto agudo do miocárdio dentro de loja de departamentos. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

·       Filho menor trazido a escritório pela mãe sofre convulsão. Posteriormente foi informado que se tratava de caso de meningite meningocócica. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

·       Fornecedor ao entregar equipamentos industriais em depósito de área industrial sofre um acidente vascular cerebral – AVC seguido de parada cardíaca. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

·       Explosão em depósito de tintas de uma indústria química com incêndio de grandes proporções atingindo conjunto residencial contíguo à planta. Há recursos para o atendimento desta lesão? O que fazer?

 

Os exemplos acima mostram que, mesmo que se tenha um processo de trabalho seguro e um ambiente controlado, a prontidão precisa ser tecnicamente estruturada, pois, como vimos, emergências acontecem.

 

Apresento este texto que será seguido por outros quatro, propondo a discussão de alguns pilares que deveriam ser analisados para que se possa responder as seguintes questões, considerando as especificidades de cada organização:

·       Qual seria a estrutura física, de recursos materiais e equipamentos que a organização deveria ter para garantir a prontidão?

·       Qual seria a formação adequada da equipe assistencial?

·       Quais meios de transporte são necessários (carro, ambulância básica, UTI)?

·       Quais seriam as referências hospitalares para onde os casos seriam encaminhados?

·       Quais patologias crônicas deveriam ser consideradas no planejamento da prontidão?

·       Quais as condições ambientais precisam ser consideradas?

·       Mesmo que substâncias químicas estejam em sistemas fechados, como analisá-las sob o aspecto risco em caso de acidentes?

·       E principalmente, em quanto tempo pretende-se que a equipe médica chegue ao local da ocorrência?

A proposição desta publicação é abranger, sem evidentemente ter a pretensão de esgotar, os seguintes aspectos:

1.       Qual é o cenário do negócio frente aos requisitos da prontidão médica?

2.       A variável geográfica. Local da instalação, proximidade dos sistemas hospitalares e trânsito

3.       A variável populacional. As doenças crônicas que possam requerer assistência de urgência e a ocorrência de acidentes.

4.       A variável RISCOS (químicos, de acidentes, biológicos, físicos e ergonômicos)

5.       Os meios de transporte e o porte do serviço

6.       A proposição de um índice resultante do produto das variáveis citadas.

O diagrama que abre esta publicação resume e dá o roteiro da reflexão proposta.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook Auto Publish Powered By : XYZScripts.com