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Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica Variável populacional

A quantidade de pessoas em determinada instalação de trabalho é determinante da acidentalidade. Alguns locais abrigam, durante as jornadas de trabalho, de poucos até milhares de pessoas ao mesmo tempo: empregados próprios e contratados, prestadores de serviços, familiares, público em geral, etc.

Para se quantificar a população abrangida por dado serviço médico de empresa, sob o ponto de vista da prontidão para emergências médicas, é preciso considerar a população média total.

A distribuição por faixas etárias é importante insumo pois, pessoas com idades acima de 40 anos trazem risco adicional de eventos clínicos relacionados às doenças crônico – degenerativas.

Instalações com milhares de pessoas são como prefeituras de pequenas cidades, onde certamente situações clínicas não relacionadas aos riscos do trabalho ocorrerão ao longo do tempo.

As organizações mais estruturadas medem a prevalência, a incidência dos agravos a saúde de modo geral, a parcela que levou ao absenteísmo por causa médica e a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho. São informações populacionais fundamentais para todos a despeito do porte.

Sob o ponto de vista da prontidão, entretanto, estes números precisam ser filtrados para que espelhem o subgrupo que possa demandar atendimento sob a condição de urgência e emergência.

Patologias e lesões ocorrem e, na maior parte das vezes, requerem o atendimento em consultas agendadas ou em pronto atendimento sem quaisquer características de risco de vida.

Assim sendo, o filtro a ser aplicado seria:

  • Para o grupo de acidentes e doenças ocupacionais, quantificar a parcela que necessita de retaguarda de atendimento de emergência ou urgência. Por exemplo: uma perda auditiva relacionada ao processo de trabalho é caracterizada por doença ocupacional com a devida emissão de CAT (comunicação do acidente de trabalho) mas, não requer qualquer atendimento médico emergencial.
  • Para o grupo doenças crônicas, quantificar a parcela que necessita de retaguarda de atendimento de emergência ou urgência. Por exemplo: pessoa no local de trabalho portadora de diabetes ou hipertensão arterial podem precisar de socorro imediato.

o   O serviço de saúde da organização dispondo ou obtendo através dos exames ocupacionais a listagem das patologias que o conjunto de pessoas é portador faria uma revisão do subgrupo que requereria a prontidão médica

o   Alguns exemplos de patologias não relacionadas ao trabalho que presentes, exigiriam a correta retaguarda do serviço médico da empresa: hipertensão arterial, doença isquêmica do coração, diabetes, enfisema pulmonar, alergias, discrasias sanguíneas, doenças neurológicas convulsivas, algumas doenças mentais, etc.

  • Para o grupo de doenças que tenham levada à inaptidão ao trabalho (absenteísmo), quantificar a parcela que poderia requerer a prontidão médica. Poe exemplo: perda de cinco dias de trabalho por gripe, fato que leva a uma consulta médica, mas não a um serviço de emergência.

Em decorrência do observado acima teríamos para as várias instalações da organização (matriz e filiais, única instalação, etc.) indicadores depurados:

  • Incidência de doenças que requerem a prontidão médica de emergência
  • Prevalência de doenças que requerem a prontidão médica de emergência
  • Taxa de acidentes e doenças do trabalho de ocorrências que requerem a prontidão médica de emergência

A variável populacional ainda está influenciada pela quantidade de pessoas durante a jornada de trabalho. Se todos estão em jornada diurna, esse número é mais uniforme. Entretanto, para atividades econômicas contínuas 24 a 7 a 365 é preciso considerar a sazonalidade entre o turno diurno e o noturno e o trabalho aos finais de semana.

Para exemplificar: uma empresa conta, em média, 3.000 pessoas em suas instalações, sendo que 2.500 trabalham no turno diurno, 300 no noturno e aos finais de semana são 200 pessoas fixas. Essa distribuição interfere no planejamento dos recursos, pois, se uniformes, acarretariam uma oferta excessiva no turno noturno e nos finais de semana.

Quando essa desproporção populacional ocorre, seria importante ajustar os indicadores acima citados, subdividindo-os para os períodos diurno e noturno.

Por último, a revisão dos atendimentos médicos e de enfermagem feitos na empresa é importante. Um volume de atendimentos não quer dizer risco maior para o planejamento da prontidão. Também, para informação analisada levaria ao estabelecimento de uma taxa de atendimentos de urgência e emergência real, específica, ajustada para o período diurno e noturno.

Em resumo, para a análise da variável populacional. Poderia ser um de muitos modelos: estrutura de atendimento de emergência presente na organização no período diurno e on call no noturno.

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