Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica -Cenário do negócio

Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica
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Emergência médica nas organizações – pilares para estruturação da prontidão médica -Cenário do negócio

Cada uma das respostas acima modela um tipo de serviço. Assim sendo, há que se estabelecer algumas premissas para a estruturação da prontidão para emergências médicas:

  • O nível de serviço proposto deve maximizar a probabilidade de manutenção da vida humana;
  • O nível de serviço mínimo (manutenção da vida) de atendimento a emergências de saúde oferecido a força de trabalho deve ser uniforme em todas as unidades da organização. Requer ajustes por disponibilidade de recursos em cada região, geografia, etc. Toda a pessoa empregada é igual para receber o nível de serviço mínimo;
  • Níveis de serviço acima do mínimo devem ser disponibilizados em instalações de maior risco de emergências e urgência e em função da escassez de oferta externa de recursos de saúde;
  • As leis e regulamentações nacionais devem ser atendidas;
  • Os recursos e instalações devem ser otimizados considerando o potencial de compartilhamento de recursos entre organizações diversas presentes em uma mesma região. Essa situação requer a organização de uma coordenação integrada.

Por definição, de acordo com a RESOLUÇÃO CFM nº 1451/95:

  • Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.
  • Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.

Fica claro a questão disponibilidade, acesso e tempo ótimo para o atendimento, em função da possibilidade de risco à vida.

O local da ocorrência não é, de hábito, dentro das instalações de saúde da organização. Ela se dá na linha de produção, em construções distintas, em pisos diferentes, às vezes de difícil acesso.

Tempo ZERO – imediato no local por socorrista treinado

Tempo UM – do posto médico da empresa ao local do acidente pela equipe treinada (técnico de enfermagem, enfermeiro e ou médico)

Estabilização do quadro clínico e início do tratamento no posto médico

Tempo DOIS – remoção para hospital de referência por meio de transporte especializado par o nível de suporte requerido

A definição e estabelecimento do tamanho (minutos) desses tempos ocorre em função de dar suporte a uma vida sob risco. Consequentemente, precisam estar garantidos (disponíveis, capacitados, utilizáveis e simulados previamente) e não podem ser contingenciados por qualquer outro argumento. São prioritários.

Os recursos podem variar no período diurno e noturno em função das atividades na empresa exercidas de dia e de noite, do volume de pessoas trabalhando em cada período e do funcionamento de serviços externos dia e noite. A atenção é especial para o período noturno quando serviços podem ser menos disponíveis, mas igualmente necessários (a variação é por volume)

Sempre o suporte às emergências médicas será suprido por um sistema em rede e complementar.

A população a ser protegida interfere nessa rede de proteção. Caso somente haja a parcela empregados próprios é mais fácil a estruturação dos recursos na empresa, públicas e dentro do mesmo plano de saúde suplementar. A adição da parcela de empregados terceirizados e prestadores de serviços e ainda mais do público em geral requer análises complementares para o sistema de referência hospitalar secundário.

A realização e o desenvolvimento de um PPRA (programa de prevenção de riscos ambientais) e do PCMSO (programa de controle médico de saúde ocupacional) corretamente feitos e analisados preserva a saúde dos trabalhadores. Entretanto, para a estruturação da prontidão para emergências médicas é preciso mais. Riscos controlados e monitorados evitam danos saúde dos trabalhadores. A identificação da simples presença de uma substância não quer dizer danos à saúde.

Sob a ótica da prontidão, é diferente. Uma substância enclausurada, em tubulação que se rompe, atinge o trabalhador presente com possível dano à sua saúde, requerendo intervenção médica imediata. É preciso analisar todo o processo produtivo a identificar riscos à saúde pela ótica do suporte à vida.

Nos próximos textos, analisarei as variáveis geográfica, riscos e populacional0080808

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